Morreu na noite desta segunda-feira (20), Marcela Luise, de 31 anos, que foi espancada pelo marido, o fisiculturista conhecido como Igor, em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital. A morte foi confirmada ao g1 por Fernanda Paula Miranda, tia da vítima.
Segundo informações publicadas nesta segunda-feira pela Fórum, esta não foi a primeira vez que a vítima apanhou do fisiculturista. O sujeito já a tinha agredido uma outra vez. Ele respondeu por um outro inquérito de agressão contra ela e também por um caso de violência contra outra namorada.
Em relação ao crime, o adolescente passou o final de semana com os corpos dos familiares na casa, enquanto fazia outras atividades como ira para academia e padaria. Dois dias depois do caso, na noite do último domingo (19), ele chamou a polícia e admitindo ter cometido os assassinatos.
Em uma audiência ainda nesta segunda-feira, a Justiça manteve a prisão de Igor. A defesa do fisiculturista afirmou ao g1 que vai entrar com pedidos para que a prisão preventiva seja substituída por outras medidas cautelares.
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Thiago Marçal Ferreira Borges e Gelicio Garcia de Morais Júnior, advogados do acusado, justificaram ainda que, no ponto de vista da defesa, “não estão presentes os requisitos da prisão preventiva, ou seja, de garantia da ordem pública”.
Além disso, os advogados ainda disseram que, o fisiculturista não interferiu no andamento da investigação.
A agressão ocorreu no dia 10 de maio, quando a vítima, de 31 anos, deu entrada no hospital. Até a noite de sábado (18), ela estava internada em estado gravíssimo, em coma, na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Santa Mônica.
O agressor foi preso na sexta-feira, em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital, após a polícia receber informações da agressão pelo próprio hospital.
Hospital procurou a polícia
“O hospital entrou em contato com a delegacia informando que trata-se de múltiplas lesões, o que não é condizente com uma queda. Ela teve traumatismo craniano dos dois lados da cabeça e na base do crânio, fraturou a clavícula, oito costelas e teve várias escoriações pelo corpo”, disse a delegada.
“Ele disse para a equipe médica que ela estava limpando a casa quando escorregou e caiu. Segundo ele, ela convulsionou e as lesões foram causadas pela queda. Então, ele deu um banho nela e a levou para o hospital, onde, de imediato, ela foi levada para uma cirurgia e depois para a UTI”, afirmou.
A delegada, no entanto, acredita que o fisiculturista espancou a mulher e a levou ao hospital. “Nós fomos até [a casa] e pedimos uma perícia no local. Um perito também esteve no hospital e nós ouvimos várias pessoas”, afirmou a delegada.
Nota da defesa de Igor na íntegra:
“No ponto de vista da defesa, não estão presentes os requisitos da prisão preventiva, ou seja, de garantia da ordem pública, garantia da instrução criminal ou assegurar a aplicação penal. Explico: o Igor possui profissão lícita, é nutricionista e educador físico, tem endereço fixo, é primário. Em momento algum existe algo no processo que ele interferiu no bom andamento da investigação, pelo contrário, a Polícia Civil esteve em sua residência fora de horário a fim de fazer perícia, e ele autorizou. Perícia essa que teve como resultado inconclusiva. Importante salientar que o colega advogado que estava acompanhando o Igor, já havia ido na Delegacia e colocado o Igor à disposição da autoridade policial. Até o presente momento o Igor não foi ouvido. A defesa vai entrar com os pedidos cabíveis a fim de que a prisão preventiva seja substituída por medidas cautelares diferente do cárcere.”