Padrasto confessou o crime e disse ter sido orientado por “forças sobrenaturais”; casal confessou crime contra outra criança
Um crime que aconteceu esta semana, chocou o país. Um casal foi preso, suspeito de matar uma criança de 10 anos de idade em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte. A menina foi encontrada morta debaixo da cama, enrolada em lençóis, dentro de um barracão, onde vivia com a mãe e o padrasto. De acordo com a Polícia Civil de Minas Gerais, as investigações começaram na terça-feira (24), depois que um vizinho encontrou o corpo. O fiscal de loja, Ivanildo dos Santos Luz, entrou no barracão após sentir um forte cheiro vindo do local. O corpo estava em estado avançado de decomposição e ele suspeitou que se tratava de Ana Livia Almeira Contarini, de 10 anos de idade.
A polícia conseguiu localizar e prender o padastro da menina, Lucas Melo da Silva, de 25 anos, no aglomerado Taquaril, na região Leste de Belo Horizonte. A mãe, Deborah Almeida da Silva, de 31 anos, foi presa na Santa Casa.
Outro crime
Segundo a Polícia Civil, em interrogatório, o casal confessou a autoria do crime e relatou que Ana Lívia não foi a primeira vítima deles. Uma criança de nome Stefany, de 4 anos de idade, também filha de Deborah, foi assassinada pelo casal.
Ainda de acordo com o boletim de ocorrência, Lucas alegou que foi orientado por “entidades sobrenaturais” de que a presença de Stefany teria contribuído para o aborto de um filho do casal e que a criança deveria ser sacrificada como forma de compensação. O ritual, então, teria se repetido com Ana Lívia, já que Deborah estava grávida novamente.
Tortura
Dias antes de ser assassinada, Ana Lívia teria sido torturada e estuprada pelo padrasto. No dia do crime, ela foi “agredida com chineladas, socos, facadas e golpes com um pedaço de madeira” e teve o corpo queimado com cigarro.
De acordo com o boletim de ocorrência, após as agressões, o casal ainda jantou dentro da casa, com a menina agonizando no local. Ela morreu horas depois, durante a madrugada, quando foi enrolada e colocada debaixo da cama do casal.
Após constatarem a morte da menina, Lucas e Deborah deixaram o local às pressas “por temerem sofrer algum tipo de represália por parte dos traficantes locais”, segundo a polícia.
O padrasto confessou, ainda, que pretendia fugir para a Bahia, enquanto Deborah ficaria escondida na casa de sua avó.