Por: Ascom/ Prefeitura de Eunápolis
A prefeita de Eunápolis, Cordélia Torres, conduziu na noite desta quinta-feira (21) mais uma edição do projeto “Live com Cordélia”, que abordou amplamente o tema educação, principalmente o pacote de benefícios que vem sendo concedido aos professores, que, mesmo tendo um dos maiores salários da Bahia, estão em regime de greve que já ultrapassa 90 dias, colocando em risco o desenvolvimento dos estudantes, comprometendo o ano letivo e criando prejuízo ao erário público.
Progressões horizontais, licenças-prêmio, retroativos e enquadramentos são alguns dos incentivos disponibilizados pela gestão municipal à categoria, que também teve aumento de 4,52% no salário no ano passado e mais 14,42% neste ano, maior porcentagem concedida à categoria na história do município, chegando ao valor de R$ 4.201,00 de salário-base, superando o de Sobral, no estado do Ceará, que possui uma das maiores notas do IDEB do Brasil, realidade completamente oposta à de Eunápolis, que registra um dos menores índices do país. “Com a regência de classe, todos os professores efetivos nível 2 recebem mais do que R$ 5.450, 00 reais por mês em Eunápolis”, frisou o secretário de Educação, Gabriel Saulo Rios, que também participou da live juntamente com o subsecretário de Gestão, Frank Fernandes.
A gestora também pontuou que a greve está gerando prejuízo ao erário público, já que, para garantir merenda com alto valor nutricional para os estudantes, são adquiridos 18 mil quilos de alimentos não perecíveis, 11 mil quilos de carne e frango, 20 mil litros de leite, dentre outros itens, que atualmente são preparados para atender metade da carga horária das aulas, sendo necessários mais dias letivos para serem consumidos, o que gera mais custo. “Muitas crianças vão à escola garantir a refeição do dia, que talvez seja a única. Pais, eu me coloco no lugar de vocês, quando o filho pede um pão e vocês não têm pra dar”, frisou a prefeita.
Cordélia também fez um apelo aos profissionais da educação. “Eu gostaria de fazer um apelo para que os professores voltem às salas de aula. Professor, não fique focado só no sindicato não, pensem em quem não tem nada, que vive só com um salário mínimo”, disse a gestora. O departamento jurídico do município entrou com uma ação contra o sindicato dos profissionais da educação.