Adversários do senador acreditam que ele perder o mandato até o final deste ano, devido a um processo movido pelo PL por suposta prática de Caixa 2
Após cassação do mandato de deputado federal do ex-procurador Deltan Dallagnol (Podemos), aliado político do senador e ex-juiz Sergio Moro (União-PR), com quem atuou na operação Lava-Jato, quando juiz, em Curitiba, adversários políticos acreditam que Moro também pode perder o mandato até o final deste ano, devido a um processo movido pelo PL por suposta prática de Caixa 2. A ação contra Moro tramita no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR). Há torcida por isso entre os políticos atingidos pela Lava Jato.
O PL, conforme o Estadão, diz que o caso é semelhante ao da ex-senadora Selma Arruda, que teve o mandato cassado, em 2020, por gastos sem a devida contabilização, segundo o Tribunal Superior Eleitoral. Ex-juíza, ela, inclusive, ganhou o apelido “Moro de saias” pelo histórico de decisões em casos de corrupção em Mato Grosso.
A decisão do TSE de cassar o mandato de Deltan Dallagnol nesta terça (16) foi vista pelos inimigos políticos do ex-juiz como uma sinalização de que o caso Moro terá o mesmo desfecho.
“Deltan pode trabalhar no gabinete do Moro. Terá uns seis meses de emprego até a cassação do colega”, provocou o ex-deputado Eduardo Cunha, preso e condenado pela Lava Jato.
Moro, por sua vez, disse estar estarrecido e lamentou a cassação do registro do aliado. Segundo ele, quem perde é a política.