Após fazer uma biópsia, ela descobriu que o produto aplicado era PMMA.
O que era pra ser um simples preenchimento labial acabou em tragédia. Mariana Michelini decidiu fazer um procedimento estético nos lábios, no queixo e na região das maçãs do rosto, em 2020, quando tinha 35 anos. O procedimento ocorreu na cidade de Matão, a cerca de 300 km da capital paulista. Após seis meses, ela despertou com o rosto inflamado, avermelhado e dolorido.
Após uma biópsia, Mariana descobriu que o produto aplicado não era ácido hialurônico, como ela presumia, mas sim PMMA (polimetilmetacrilato). O PMMA é um preenchedor definitivo em forma de gel, utilizado em procedimentos estéticos e correção de lipodistrofia.
Remover o PMMA sem causar danos a essas estruturas é extremamente desafiador, especialmente em casos de inflamação ou insatisfação do paciente com os resultados.
Atualmente, médicos dermatologistas e cirurgiões plásticos preferem utilizar ácido hialurônico para preenchimento, uma substância naturalmente presente no corpo humano e reproduzida em laboratório.
Desde 2021, Mariana tem passado por diversos tratamentos, incluindo o uso de antibióticos e corticoides, intervenções para extrair partes do PMMA e uma cirurgia que envolveu a remoção de seu lábio superior e buço. Em dezembro do ano passado, ela passou pela primeira cirurgia de reconstrução, e está prevista outra nos próximos meses.