Ministério Público Federal pede a suspensão de atividades de Suzano e Veracel no sul da Bahia por degradação socioambiental

Cidades Destaque

A Procuradoria da República na Bahia pediu que a Justiça Federal interrompa, em caráter urgente, todas as atividades de eucaliptocultura realizadas pelas empresas de papel e celulose Suzano e Veracel, devido aos impactos socioambientais causados pelo avanço da prática nas comunidades quilombolas e indígenas no sul do estado.

O plantio de eucalipto em terras indígenas já é alvo de uma investigação no MPF. A suspeita é que as empresas estejam recebendo licenças ambientais sem consulta prévia aos indígenas afetados e sem estudos de impactos. Nos últimos anos, duas comunidades quilombolas chegaram a desaparecer com o avanço na atividade na região.

De acordo com o procurador Ramiro Rockenbach Almeida, que assina a ação civil pública, há omissão do Estado no cumprimento de tratados internacionais e de normas de caráter constitucional e legal para assegurar o direito dos povos tradicionais à consulta prévia, livre e informada sobre atividades, empreendimentos e decisões que os afetem. No documento, o MPF elenca uma série de pedidos à Justiça:

uma análise sobre a regularidade de todos os imóveis rurais registrados em nome da Suzano e da Veracel Celulose, ou utilizadas por elas para atividades de eucaliptocultura no sul da Bahia; que a União e a Bahia suspendam qualquer tipo de financiamento ou incentivo às empresas de papel e celulose que o Inema seja condenado a suspender as licenças ambientais concedidas a Suzano e Veracel até que sejam realizados os devidos processos de consulta prévia, livre e informada. Além disso, o órgão ambiental estadual deve solicitar anuência ao Iphan em relação às áreas em que há sítios arqueológicos; a prestação de informações sobre financiamento e atuação de BNDES, Inema, Fundação Palmares, Incra e Iphan na região.

Por: cartacapital

QUER COMENTAR SOBRE ESTÁ NOTÍCIA?

Política de moderação de comentários: A legislação brasileira prevê a possibilidade de se responsabilizar o blogueiro ou o jornalista responsável por blogs e/ou sites e portais de notícias, inclusive quanto a comentários. Portanto, o jornalista responsável por este Portal de Notícias reserva a si o direito de não publicar comentários que firam a lei, a ética ou quaisquer outros princípios da boa convivência. Não serão aceitos comentários anônimos ou que envolvam crimes de calúnia, ofensa, falsidade ideológica, multiplicidade de nomes para um mesmo IP ou invasão de privacidade pessoal e/ou familiar a qualquer pessoa. Comentários sobre assuntos que não são tratados aqui também poderão ser suprimidos, bem como comentários com links. Este é um espaço público e coletivo e merece ser mantido limpo para o bem-estar de todos nós.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.